sábado, 27 de fevereiro de 2010

Hoje tem Nuit Blanche!

Foto: Jean-François Leblanc

Por Iberê Rodrigues

Encerrando o festival Montréal en Lumière, hoje acontece a sétima Nuit Blanche, com uma programação de eventos que dura a noite inteira.

A maioria das atividades acontece em quatro lugares: em Vieux-Montréal e les Quais du Vieux-Port, onde se destaca uma exposição sobre Oscar Niemeyer na Maison de L'Architecture du Québec; no Quartier des spectacles e Centre-ville, com várias atividades no Musée des Beaux-Arts de Montréal, entre outros; no Plateau-Mont-Royal e Mile-End, com uma programação tão diversa quanto o bairro, que vai de festival de curtas no Ex-Centris até curso de swing rockabilly; e no pôle Maisonneuve, onde o Jardim Botânico, o Parque Olímpico e o Biodôme ficarão abertos.

O metrô funcionará durante a noite inteira e ônibus especiais circularão entre um local e outro, então minha recomendação é que você não vá de carro: o estacionamento é difícil e o trânsito é caótico.

A programação completa da Nuit Blanche está aqui. A versão mobile está aqui.

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Au Papier Japonais

Por Iberê Rodrigues

Esta é uma loja especializada em, vejam só que incrível, papéis japoneses artesanais.

Recomendo uma visita para todo mundo que gosta de origami, lanternas e divisórias japonesas, cartões, encadernação, scrapbooking e todo tipo de artesanato em papel.

Além dos papéis, o dono - um senhor super simpático chamado Stan Phillips - oferece cursos sobre os mais variados assuntos, como confecção de pipas, impressão, encadernação, embrulhos para presentes, caligrafia japonesa e até o básico da confecção de papel. A loja tem ainda uma livraria cheia de títulos interessantes e pincéis, cadernos, caixas, itens para a cerimônia do chá, lanternas de papel (que vão de 8 a 25 dólares canadenses) e até quimonos.

As folhas de papel são oferecidas em diversos tamanhos, cores e padrões. Os preços vão desde CAN$3.00 por uma A4 até uns CAN$200 por uma do tamanho de um tapete, impressa manualmente. Se você não achar o que estiver procurando no estoque com mais de quinhentos tipos de folhas diferente, pode encomendar algo de um catálogo bem extenso com outros padrões, que chegam em mais ou menos uma semana.

Se toda essa conversa sobre artesanato em papel te deixou com vontade de confeccionar alguma coisa, mas você tem preguiça, não tem tempo ou simplesmente não leva jeito para fazer por conta própria, não se preocupe: eles têm ainda um serviço de criação na própria loja.

24, Avenue Fairmount O.
Montreal

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Les Chocolats de Chloé: uma das melhores chocolaterias de Montreal

Por Iberê Rodrigues

Um dia, passeando pelo Plateau, encontrei por acaso esta pequena chocolateria onde são feitos os melhores chocolates que eu já comi por aqui (só não digo que são os melhores da cidade porque ainda não conheço outra casa muito recomendada por quem entende do assunto: a Suite 88 Chocolatier).

Todos os doces são feitos na própria loja, usando sempre como matéria-prima chocolates Valrhona. Os bombons são deliciosos e vêm recheados com ganaches dos mais variados sabores, desde marzipan até manjericão ou lichia (CAN$ 1.65 cada). Pra quem prefere chocolate sem recheio, recomendo as barras.

A de chocolate ao leite e masala (masala chai, na verdade), minha favorita, é doce e apimentada na medida certa. Eles também têm barras de meio-amargo com raspas de laranja, com gengibre ou avelã, além das de chocolate ao leite com amêndoas ou fleur de sel. Cada uma custa CAN$6.00, mais baratas ou com preço equivalente ao de marcas de chocolates premium fabricados em massa, como Godiva, por exemplo, que são bem sem gracinhas quando comparados com as criações da Chloé.

Durante o inverno eles vendem também chocolate quente toda sexta, sábado e domingo. Não sei se é bom, vá lá experimentar e depois me conte o que achou:

546, Rue Duluth E
Montreal

Importante: a loja não abre às segundas-feiras!

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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Festival High Lights: brasileira Virginia Rodrigues se apresenta com Buena Vista Social Club




Por Beatriz Tasso Fragoso

Confissão: eu não conhecia a baiana Virginia Rodrigues. Parece que cresceu em uma favela e foi descoberta pelo Caetano Veloso.

De todo modo, ouvi um trechino do som dela, aqui, e gostei muito:




Ela vai se apresentar no excelente festival de inverno High Lights, que começa nesta semana, com ninguém menos que a lendária orquesta cubana Buena Vista Social Club®: Guajiro Mirabal (trumpete), Manuel Galban (guitarra), Jesus Aguaje Ramos (trombone) e Barbarito Torres. Que misturinha boa isso deve dar! Esse show eu não perco por nada.

Os ingressos custam entre Can$ 32.50 e CAn$ 52.50 (mais as taxas) e podem ser comprados neste link:
Billeterie Place des Arts

Mas vai ter mais Brasil no festival High Lights. Na noite do sábado, dia 27 se apresentam Paulo Ramos, Bïa, Monica Freire e Peninha. Todos juntos! Um dançarino brasileiro vai subir ao palco também pra tentar fazer a plateia cair no samba... Esse show vai ser bem mais barato, só Can$ 16.50 mais taxas. Comprem por este link.



E aqui, a programação completa de shows e balés do festival High Lights.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Montreal en Lumière: top chefs portugueses em Montreal

foto:














 
Foto: restaurante 100 Maneiras, em Lisboa




Por Alexandra Forbes

Para quem vive em São Paulo ou no Rio, Montreal parece uma cidade menor. E é mesmo. Mas apesar do pouco tamanho, organiza anualmente um festival culinário de primeira grandeza, do qual participam todos os principais restaurantes, acolhendo chefs convidados. A cada ano um país diferente é homenageado. Desta vez, Portugal será o centro das atenções e quase trinta chefs irão participar. Fausto Airoldi, cujo novo restaurante Spot São Luiz tem dado o que falar em Lisboa, será o presidente honorário do festival.

Minha amiga Lesley Chesterman, crítica gastronômica do jornal The Gazette, de Montreal, convidou Eric Kristjanson, um foodie radicado em Lisboa, para escolher os sete mais interessantes chefs convidados. Além de Airoldi, ele destaca Vitor Sobral (Tasca da Esquina), Luis Baena (Quinta de Catralvos, ao sul de Lisboa); José Avillez (Tavares); Henrique Sá Pessoa (Alma), Joachim Koerper (Eleven) e Ljubomir Stanisic (100 Maneiras; em destaque na foto acima).

Miguel Santos, outro português conhecedor da boa mesa, faz aqui sua lista de imperdíveis do festival Montreal en Lumière. Muitos dos chefs recomendados pelos dois, logo se vê, são os mesmos...Bom sinal!


Fausto Airoldi - Spot São Luiz, Lisboa
 


Presidente honorário do festival, seu restaurante Spot São Luiz dá o que falar em Lisboa. Tem uma grande importância no desenvolvimento do meio gastronómico português e experiência internacional.


José Avillez - Restaurante Tavares, Lisboa


O mais novo estrelado português, percurso sui generis, televisivo.Tem em mãos o mais antigo restaurante do país. É apontado pelo Ferran Adrià como um dos 10 próximos grandes chefes do mundo no livro Coco: 10 World-Leading Masters Choose 100 Contemporary Chefs da Phaidon.


Henrique Sá Pessoa - restaurante Alma, Lisboa


Percurso internacional, programa de televisão, percurso nacional sinuoso até assentar arraiais no recente Alma com sucesso.


Ljubomir Stanisic -100 Maneiras, Lisboa
Escultor do prazer. Quem, perguntarão os meus amigos, incrédulos perante a possibilidade de me estar a referir a um soturno General dos Balcãs. Stanisic é muito mais que chefe de cozinha. Para o “oráculo das espumas” Rafael Garcia dos Santos, Stanisic “pratica a cozinha mais avançada de Portugal; é um chefe de projeção internacional que devia propor-se a conquistar o mundo”.


Luís Baena -restaurante Manifesto, Lisboa


O Homaro Cantu português! Bom conversador, experiência internacional brutal. Bocuse, Robuchon, entre outros como cartão de visita.


Vítor Sobral -restaurante Tasca da Esquina


O Tasqueiro mais alto-gastronómico do país. Famoso na praça e potencial restaurateur paulista (está para abrir um Restaurante em SP há uns tempos largos).
(Observação da Alexandra sobre este último: "entrei no site dele e vi que faz consultoria gastronômica para TAP e outras empresas e um sem fim de lugares. Tenho birra de chefs que acham que podem vender seus serviços pra todo mundo sem baixar a qualidade. Esse chef, prefiro riscar da minha lista").

Joachim Koerper -restaurante Eleven, Lisboa



Multi estrelado na Espanha e em Portugal, comanda o restaurante mais caro (melhor, duvido, mas são opiniões) de Lisboa.
Nota da Alexandra: "Diz o site do Eleven que "Joachim Koerper é considerado um dos dez melhores cozinheiros da Península Ibérica, tendo trabalhado em restaurantes que totalizam 14 estrelas Michelin. Em 2002 o seu anterior restaurante (Girasol, em Moraira) foi considerado o melhor de espanha pelo conceituado guia Gourmetour. Em virtude da qualidade do chefe, e da sua importância para este projecto, a marca tem uma sub-assinatura (Eleven por Koerper)." Gostei da modéstia!"


Albano Lourenço - Quinta das Lágrimas




Um tuga. Palavras para quê? Estrelado e aqui há poucos. Só o facto de estar na Quinta das Lágrimas já diz muito de si. Notem que a história do local é completamente shakespeariana.


Para reservar: o link dos chefs de Portugal no site Montréal en Lumière.

Le 357: um restaurante maravilhoso, porém fechado ao público

Há um clube fechadíssimo em Montréal chamado Le 357. Chique no último. Pequeno, secreto, no coração de Vieux Montreal.

E imaginem vocês que o tal clube esconde o melhor restaurante da cidade. O melhor! E só pra sócios! E ninguém sabe! Como pode?!

Serviço im-pe-cá-vel, salão cheio porém deliciosamente silencioso e calmante, paredes revestidas de lambris. Gente muito arrumada.

Não podia fotografar, lógico. Temos que nos contentar com a lembrança de um consommé de carne maravilhoso, seguido de um tartare delicado, também de carne, com a justa e comedida quantidade de temperos. Depois, vitela com ris de veau. Na hora da sobremesa, perdi o medo e saquei a máquina: era tarde e não havia mais ninguém  no salão…

De sobremesa: uma ganache grossa e esfarelada no fundo, depois uns crocantezinhos cobertos de uma espuma de chocolate e, coroando o todo, sorvete de… chocolate.



montreal_le357_dessert2

Delícia também a pasta de marrons em fios grossos sobre merengue crocante e creme de baunilha.

montreal_le357_dessert1