quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Pop Montreal começa hoje!


Este post é so para lembrar aos interessados que o festival de musica independente de Montreal abre os trabalhos hoje! Fiz um post com alguns destaques da programaçao deste ano. Confira no site do Pop Montreal os shows que vao rolar de hoje a dia 4 de outubro. Lembrando que teremos Os Mutantes (dia 3), a grande atraçao Fever Ray (amanha, dia 1), e Bajofondo (hoje no Le National!). O Pop Montreal exibe ainda filmes, peças de teatro e exposiçoes. Veja a programaçao completa aqui.


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domingo, 27 de setembro de 2009

Montreal é o destino mais descolado da TMagazine, do New York Times, deste outono

Uma matéria super simpática sobre o Plateau Mont Royal, que concentra os artistas, músicos e boêmios de Montreal, estampa a edição de outono da TMagazine, ligada ao New York Times. Nela, o jornalista David Godsall destaca cantinhos quentes e frutíferos da região mais agitada da cidade, entre eles a casa de shows Divan Orange, na Saint Laurent, e a moderna galeria de arte Commissaires, com peças e exposições de designers queridinhos da cena montrealense. Além disso, ele aponta na matéria o Mile End (pontinha final do Plateau), como paraíso de estudantes, artistas, designer, músicos e "todos que exercem de alguma forma sua criatividade". Assino embaixo. Viva Montreal!

Confira a matéria completa aqui.


sábado, 26 de setembro de 2009

Passeio fotográfico no Outono de Montreal, pelas lentes do designer Renato Japi

Pronto. Oficialmente, desde o inicio dessa semana, entramos no outono. Pra quem mora em Montreal, isso quer dizer que muito em breve a cidade estará toda branquinha, e muito gelada. O outono daqui "dura pouco". Mas posso afirmar, depois de viver todas as estações na cidade, que é a época mais linda do ano em Montreal! A temperatura varia de 10 a 15 graus, como um ar condicionado forte e constante. Um casaquinho leve e um cachecol deixam todos elegantes e quentinhos, principalmente ao sol, (que ainda se sente na pele). No chão, as folhas formam um tapete dourado. Na copa das arvores elas ganham tons que vão do rosa choque ao amarelo fluorescente, passando por todos os laranjas e vermelhos que se pode imaginar. Outubro é o mês mais expressivo do outono. Em novembro, as arvores já estão carecas e a neve já dá seus primeiros sinais. Por isso, nesse próximo mês (e tem que ser nele!) não deixe de dar um bom passeio num parque, para ver de perto a cara e a cor de um verdadeiro Outono. As fotos abaixo foram feitas pelo designer e fotografo amador Renato Japi em outubro de 2008, no Parc Mont Royal.


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Encontros mensais abertos ao publico agitam o Musée de Beaux Arts de Montreal


Se tivesse que escolher entre os museus de Montreal, certamente ficaria com o Musée de Beaux Arts (um must see da cidade), e não apenas pela bela coleção permanente e ótimas mostras temporárias que apresenta. O que mais me atrai neste centro são as atividades culturais interativas que oferece aos visitantes. Na agenda estão encontros com artistas plásticos, curadores, diretores de filmes, mas também aulas de desenho e aquarela, aulas teóricas sobre pintura, musica e cinema. Tudo de graça! Vale a pena ficar ligado na programação (veja aqui), principalmente porque o lugar é super agradável, e ponto de encontro de gente interessante. No domingo, dois documentários sobre arte vão ser apresentados pelos diretores – Karsh: un regard sur l’histoire, e Mort à Venise: un voyage musical avec Louis Lortie. E na quarta-feira, o curador da próxima mostra que entra em cartaz no museu (dia 2 de outubro), Robert Upstone, da Tate Britain, fala sobre vida e obra do pintor inglês William Waterhouse.

domingo, 20 de setembro de 2009

Pra quem curte historia em quadrinho, Montreal é um paraíso


Agora que o outono se instalou de vez na cidade, vale começar a traçar o mapa das livrarias mais aconchegantes pra se proteger durante a próxima estação. Entre as maiores de Montreal, estão a anglofona Chapters/Indigo e a francesa Renaud Bray. As duas sao daquelas enormes, com cafés internos e muitos best sellers nas estantes. Na Indigo da Sainte Cathrine tem uma área bem grande de graphic novels – os quadrinhos – de fazer babar qualquer marmanjo. Sem falar nas três estantes de Manga que atraem curiosos e adeptos de toda Montreal. Nao tem programa melhor que escolher três ou quatro revistas, e se afundar nas gostosas poltronas de veludo da casa pra ler, enquanto se toma um café bem quentinho... Mas quem é fa de quadrinhos, nao pode deixar de conhecer a pequenina e independente Drawn and Quarterly na rua Bernard, aqui no Mile End. A livraria nao so vende as obras de desenhistas do mundo inteiro, como incentiva a produção de quadrinhos locais, e oferece oficinas pros visitantes. Apesar do tamanho, ela é repleta de objetos de desejo que sobem pelas paredes e deixam muitas livrarias de grande porte pra trás. A lojinha porém nao é lugar para a leitura, mas é um ponto-chave pra quem quer montar um bom estoque de livros, antes que as temperaturas glaciais tomem Montreal de assalto.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Redondinho e quentinho 24 horas por dia: conheça o Bagel da Fairmount, um ponto turístico de Montreal


Não sei quanto a vocês, mas como boa carioca que sou sinto fome a qualquer hora do dia ou da noite. Deve ser porque la no Rio não faltam opções para um casse-croûte a toda hora: mesmo de madrugada! Cervantes, Pizzaria Guanabara, Koni, entre tanto outros... Uma das minhas primeiras surpresas ao chegar aqui em Montreal foi constatar que, apesar do agito da cidade, sao poucas as alternativas para aliviar aquela fominha que te pega de surpresa no meio da noite. O Bagel da Fairmount é uma delas, e uma ótima opção, diga-se de passagem. A pequena fabrica produz rosquinhas quentes num forno gigante e a todo vapor desde 1950, sem parar! (e isso inclui sabados, domingos e feriados, 24h por dia, 365 dias por ano - nao é demais frisar). A qualquer hora é possível se deliciar com estes pãezinhos amarelo-ovo de origem judaico-americana. Aos domingos pela manha a fila de montrealenses e turistas que vêm conferir a receita é enorme. E volta e meia vemos turistas tirando foto ao lado da pequenina usina de bagels. O coberto de gergelim, na minha opinião, é o mais gostoso, principalmente porque esta sempre fresquinho... Cada bagel sai por $0,75. Experimente com cream cheese ou manteiga, ficam imbatíveis!

Fairmount Bagel: 74 Fairmount Street West, tel. (514) 272-0667



Instantâneas de Montreal: Lac aux castors ou será Lac aux chiens?


Apesar da brisa mais geladinha que se instalou na ultima semana em Montreal, ainda é possível assistir a cenas desse tipo em dias de sol (como hoje) por aqui: o belo Lac aux Castors, no alto do Parc Mont Royal, transformado em piscina para cães mais calorentos. Uma fofura!




terça-feira, 15 de setembro de 2009

Joe Beef, Garde Manger, Liverpool House, etc: os melhores restaurantes de Montréal




Não poderia deixar de contar para vocês que saiu este mês na revista Viagem & Turismo uma ótima reportagem sobre a cena gastronômica de Montreal. O texto é da jornalista Alexandra Forbes, que vive aqui e é especializada em gastronomia....

"Toda cidade tem seu estilo próprio, inclusive no quesito comer fora. Em São Paulo a mulherada se arruma e bota salto alto pra jantar com o namorado, e ambiente e badalação podem contar mais do que a comida em si. Em Paris fazem sucesso os bistrôs de mesas espremidas, garçons malcriados e menu jurássico. No Rio o pessoal prefere passar o tempo num botequim, bebericando chope e comendo empadinha a se enfiar num lugar fechado com ar-condicionado. E em Montréal, como no Rio, ninguém quer saber de restaurante chique e formal. A nova moda na cidade mais viva e sexy do Canadá são os restôs escondidinhos e falsamente desarrumados.

Rei absoluto da preferência entre foodies e badaletes em geral, o Joe Beef, inaugurado há dois anos num bairro fora do circuito turístico, é o tipo do lugar pseudo-despretencioso. O décor é um sarro: banquetas de vinil, cabeça de búfalo no banheiro, piso de tábuas gastas, panos de prato fazendo as vezes de guardanapos, tudo com um jeito meio improvisado. A placa na entrada é bem pequena, pra reforçar a idéia de lugar insider. Garçonetes não vestem uniforme. O dono e chef David McMillan debruça os brações tatuados no balcão do bar enquanto bate papo com os clientes (todo mundo parece se conhecer). Os pratos são escritos numa lousa ao invés de impressos num cardápio.





E no entanto, o Joe Beef não tem nada de simplório. A comida, quase sempre deliciosa, mereceu elogios rasgados da mídia especializada e de jornais como o The New York Times. Nota-se o frescor dos ingredientes, até em drinques como o caesar, tipicamente canadense, que mescla suco clamato (tomate com um saborzinho de mariscos) e vódca, coroado com raiz forte ralada na hora e um camarão. As ostras, especialidade da casa (abaixo), são escolhidas e servidas com todo o cuidado do mundo. E os preços refletem o perfeccionismo culinário: uma entrada de camarões crocantes com flor de abóbora custa uns 40 reais, o carré de vitela com legumes para dois, uns 100 reais por cabeça.


Demorei um tempão pra finalmente ir conferir em pessoa e, tamanha expectativa, acabei me decepcionando um pouco. Meus tomates com atum e ovo pochê poderiam vir mais salgadinhos e tenros. O mero, salteado à perfeição, casou bem com o picadinho de batatas com creme, mas parecia pedir um elemento mais fresco e crocante para cortar a gordura. Mas se a comida às vezes desliza de excelente para apenas muito boa, o lugar, sempre cheio de gente descolada, é a mais pura tradução da cidade: informal, animado e um tantinho excêntrico.

McMillan fez escola. Chuck Hughes, um jovem chef que trabalhou sob a sua batuta, abriu restaurante próprio seguindo estilo parecido. Assim como o Joe Beef, o Garde Manger tem endereço escondidinho, nada de placa na porta, menu rabiscado numa lousa, porções generosas, clima de festa. A especialidade são os “pratos” de frutos do mar servidos em caixotes de madeira, sobre gelo picado. As patas de siri king chegam a medir meio metro! Ah, e o outro forte da casa são as garçonetes de parar o trânsito. Tamanho sucesso faz com que o lugar fique intransitável toda noite depois das dez. Chega a parecer uma mini-boate! No Garde Manger co-existem cozinha impecável e muita badalação, coisa que é raridade absoluta. Resultado? Hughes acabou sendo chamado para ser garoto-propaganda da maionese Hellman’s e apresentar programa de culinária na tevê e virou celebridade.



poutine com lagosta do Garde Manger


Seu mentor McMillan abriu em 2008 um segundo restaurante ao lado do Joe Beef, chamado Le Liverpool – parecidíssimo com a matriz. Chifres de veado nas paredes, panos de prato ao invés de guardanapo, copos grosseiros. Como sempre, porções enormes e carnívoras, como a costela de boi para dois (CAD$ 40). Ele tem ainda um terceiro negócio, a super descolada McKiernan Luncheonette, que está mais para bar de vinhos do que lanchonete. O Garde Manger também deu filhote: os sócios do chef Hughes saíram para abrir um concorrente, a poucas quadras de distância, que chamaram de L`Orignal (O Alce). Tiro e queda: desde o primeiro dia de funcionamento, ambos vivem cheios de gente bonita. E seguem a mesmíssima fórmula dos restaurantes originais: descontração, badalo, um quê de mistério graças à falta de placa ou propaganda, e pratos do dia bolados conforme o que há de melhor no mercado, sempre rústicos e fartos.

Não há dúvida que Hughes e McMillan dominam a cena foodie de Montréal. Mas o pai de todos os chefs da gastronomia ultra descontraída, também conhecida como bistronomia, ainda é Martin Picard. Um gigante com barba por fazer, jeito de ogro e fala solta, o chef ficou famoso depois que estrelou o documentário Durs à Cuire (algo como Ossos Duros de Roer). Seu Au Pied de Cochon é cheio de bossa. Serve comida rústica e carnívora ao extremo – de orelhas de porco fritas a linguiça de veado.

O celebrity chef americano Anthony Bourdain diz: “É uma ode ao excesso, não hesito pegar um voo de Nova York só para comer lá”. A primeira edição do livro do restaurante, lançado em 2006, se esgotou em 3 semanas e virou cult. Nele, Picard aparece ensanguentado destrinchando uma carcaça de porco, e dá dicas para caçadores (deixe o veado descansar com couro por sete dias antes de tirar o filé).

No Au Pied de Cochon (Ao Pé de Porco), sempre abarrotado de gente e ruidoso, deve-se provar a famosa poutine, que está para os nativos como o pastel para os paulistas (até os MacDonald’s do Quebec servem poutine). Trata-se de fritas douradas, amontoadas num prato de sopa, recobertas de molho grosso de carne e queijo branco derretido. A versão de Picard, ainda mais heavy metal, vem coroada com uma fatia de foie gras fumegante. O restaurante serve ainda outros pratos típicos do Quebec antigo, que alimentaram camponeses por gerações, e hoje voltaram à moda com status de comida da moda. Exemplos? O pé de porco que dá nome à casa; pato “enlatado”, literalmente cozido numa lata e servido com repolho; creton (patê de porco), tourtière (torta de carne) e tarte au sucre (torta de xarope de maple). É uma cozinha rústica e encorpada e cai bem com uma cervejota gelada e uma mesa cheia de amigos, bem à moda local.

Mas nem só de pato e foie gras vivem os nativos. Fanáticos por um sujinho, fazem fila todo fim-de-semana em clássicos como o Schwartz’s, um boteco famoso pelo sanduíche de carne defumada em pão de centeio. O português João Gonçalves, na casa há mais de 30 anos, fatia mais de 20 peças de carne a cada refeição (na foto abaixo).





Um almoço típico – sanduíche, picles, salada de repolho e refrigerante – servido no balcão de fórmica ou em mesinhas apertadas sai em cinco minutos e custa baratíssimo. Outro restauranteco nota dez é o Chez Doval, casa portuguesa com certeza, onde se acha o melhor frango na grelha da cidade. Ambiente furreco, serviço corrido, mas charmosa justamente por essa simplicidade pitoresca.

Carne defumada, pato com repolho, pé de porco... Não dá para chamar a cozinha típica de Montréal de leve. Por isso faça como os locais e substitua uma ou outra refeição em restaurante por um pique-nique no parque. A cidade tem vários espaços verdes, todos lindos e acolhedores. O mais central e fotogênico é o que fica, literalmente, no monte real, ou Mont Royal: a montanha com uma cruz no cocoruto que dá nome à cidade. Esse monte é habitado – até um certo ponto. Ali ficam as mansões mais lindas, de pedra com jardinzinhos impecáveis, no bairro chamado Westmount. E lá no alto está o parque, com mil e uma trilhas para caminhada, uma lagoa freqüentada por castores (aqueles bichos dentuços de rabo rugoso típicos do Canadá) e um mirante.

O passeio é delicioso! Comece com uma parada num dos principais mercadões, o Jean Talon, maior porém mais distante, ou no Atwater Market, menor e mais caro. Ambos têm filiais da famosa padaria Première Moisson vendendo baguettes fresquinhas e croissant que se desmancham na boca, e excelentes lojas de queijos. Os queijos feitos no Québec, aliás, estão entre os melhores do mundo, afinados em adega segundo a tradição francesa até atingirem o perfeito grau de maturação. Best-sellers incluem o Pied-de-Vent das ilhas Madalenas, o queijo azul feito pelos monges da abadia St. Benoît du Lac e o ultra-cremoso Riopelle, um triple-crème à moda francesa. Complete o kit com uvas, frutas secas e um bom vinho.

Na província, só se compra vinhos nas lojas estatais SAQ – Societé des Alcools du Québec (pronuncia-se saque). A boa notícia é que os preços são ótimos: aproveite para experimentar um cabernet sauvignon ou sauvignon bland do vale Niagara, na província de Ontario, melhor região vinícola do Canadá. Na dúvida, procure por produtores conceituados como Peninsula Ridge, Thirty Bench ou Jackson Triggs.

Por fim, nenhuma visita a Montréal estará completa sem que se prove outra especialidade local: o bagel. Sim, os americanos também se gabam desse pãozinho em forma de rosca e massa branca, mas o autêntico bagel, juram os entendidos, é o de Montreal. Os melhores são os das concorrentes St. Viateur Bagel Shop e Fairmount Bagel Bakery, padarias ultra-tradicionais fundadas por imigrantes judeus. Ambas são muito fora de mão para o turista (ficam bem ao norte do centro turístico). Conforme o costume trazido do leste europeu, sempre há uma leva fresquinha de bagels saindo dos fornos a lenha, a qualquer hora do dia ou da noite – para a alegria da galera saindo da balada na alta madrugada! Um consolo: os famosos bagels, enrolados a mão, são vendidos não só nas matrizes, mas também na maioria dos melhores cafés e mercearias da cidade. Faça como quem entende e peça o seu com um belo naco da excelente manteiga local, ou bem escoltado por fatias de salmão defumado, alcaparras e cream cheese. É… Definitivamente, Montréal não ajuda as mocinhas de regime!"

Onde é melhor
Ficar
O novo Opus (8, Sherbrooke West Street, 657-5656, opushotel.com; diárias desde CAD$ 329; Cc: todos) é o hotel mais badalado, graças a Koko, seu restaurante-lounge asiático. No Auberge du Vieux-Port (97, Rue de la Commune, 876-0081, aubergeduvieuxport.com; diárias desde CAD$ 164; Cc: todos), os melhores quartos são os de quina, como o 306, com parede de pedra e vigas aparentes. O Hôtel Place d'Armes (701, Côte de la Place d'Armes, 842-1887, hotelplacedarmes.com; diárias desde CAD$ 195; Cc: todos) tem uma ala velha (mais apertada) e uma nova (bem melhor), além de ótimo spa. Das grandes redes, a melhor é a Sofitel (1155, Rue Sherbrooke Ouest, 285-9000, sofitel.com; diárias desde CAD$ 170; Cc: todos). Nos quartos, camas fofíssimas e flores frescas.

Comer
O Au Pied de Cochon (536, Avenue Duluth Est, 281-1114, restaurantaupieddecochon.ca, Cc: A, M, V) é o restaurantezinho mais cult de Montreal, em que vegetarianos não entram. No Chez Doval (115, Rue Rachel, 843-3390; Cc: M, V), peça o frango ou a lula na grelha com salada. O Garde Manger (408, Rue St. François-Xavier, 678-5044; Cc: A, M, V) começa a noite como um ótimo restaurante e termina em balada. O chef-proprietário, Chuck Hughes, é pupilo do dono do badaladíssimo Joe Beef (2491, Rue Notre-Dame, 935-6504, joebeef.ca; Cc: V), David McMillan. O Liverpool House (2501, Rue Notre-Dame, 313-6049, liverpoolhouse.ca; Cc: V), vizinho do Joe Beef, é sua versão 2008: maior e italianado. Outro bistrô que serve pratos dignos de um lenhador faminto, o L'Orignal (479, Rue St. Alexis, 303-0479, restaurantlorignal.com; Cc: M, V) tem rabada de bisão com purê de batata (CAD$ 25) e veado com cogumelos e cebolinhas glaceadas (CAD$ 34). Entra ano, sai ano, o Schwartz's (3895, Boulevard St. Laurent, 842-4813, schwartzsdeli.com) continua sendo a lanchonete mais disputada, servindo milhares de sanduíches de carne defumada a fãs devotos.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

60 segundos de diversão, loucura e muita imaginação: é o M60, festival de curtas curtíssimos de Montreal


Assistir a 60 filmes em uma hora pode parecer loucura, mas ha dois anos tornou-se uma pratica corriqueira entre alguns cinéfilos de Montreal. Para tanto, eles inventaram o tal M60, festival de curtas de um minuto cada, que chega a sua segunda edição este ano, com uma seleção de 180 filmes divididos em três dias de apresentação (9, 10 e 11 de setembro). O simpático festival (completamente independente) é uma caixinha de surpresas da melhor qualidade. Tudo começa um mês antes da exibição dos filmes, quando aventureiros – não necessariamente ligados ao cinema, e isso so fortalece o festival – se inscrevem e recebem um tema a ser explorado audiovisualmente em 60 segundos. Este ano Deception foi a idéia-base escolhida para todos os curtas-metragem do festival, e dela partimos para coisas tão diversas e absurdas quanto a historia de um cão que descobre sua vocaçao para a cerâmica (!??!!). Em meio a 60 filmes, muitos se destacam pela criatividade, irreverência e alguns pela sensibilidade artística e estética. No final, fica um gostinho de quero mais... As sessões custam $7 e acontecem às 20h30 na peculiar Sala Rossa (um dos lugares mais descolados para shows e afins de Montreal). Na sexta vai rolar um after party para celebrar o festival.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Para se despedir do verão, uma visita ao Parc National d’Oka, a 45 minutos de Montreal



Setembro chegou e as piscinas de Montreal encerraram suas atividades, trazendo aquela tristeza típica de fim de verão. Mas (não se desespere) resta esperança para quem deseja dar o ultimo mergulho do ano. Até porque o sol quente esta ai, provando que a estação so acaba quando termina. Então pé na estrada em direção à região das Laurentides, no sul do Québec. A apenas 45 minutos de carro de Montreal, o Parc National d’Oka é daqueles onde podemos recarregar as baterias. Além da grande área verde aberta ao camping, caminhadas e pedaladas, a praia à beira do Lac des Deux Montagnes é ideal para se reconectar com a natureza. Cercada de arvores e habitada por gaivotas, a praia também é ponto de partida para quem pratica vela e caiaque. Veja mais informações sobre o parque aqui.



sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Cinema sob as estrelas: não perca o telão que fica ate segunda na Place des Arts do Festival des Films du Monde


Assistir a um filme no telão instalado em plena Place des Arts é uma experiência imperdível – a ser vivenciada so ate esta segunda-feira! Claro, é preciso estar disposto para o programa. Afinal, as cadeiras sao pouco confortáveis, faz um friozinho (bem leve), e algumas interferências de passantes podem acontecer. Ainda assim, ver ontem sob as estrelas o clássico de Stanley Kubrick 2001: A Space Odyssey (1968) teve qualquer coisa de fantástico: uma lua cheia acompanhava curiosa o evento la do alto, dando sinais de que poderia descer a qualquer momento; o vento que soprava nas caixas de som vinha deslizar nas nossas bochechas; e houve até uma inteiração entre os aviões que sobrevoavam a cidade e os primatas da tela, estes últimos acompanharam com interesse a trajetória das aeronaves no céu, numa perfeita sincronia... Bom, para quem conhece o filme, bastaria dizer que o publico (numeroso) esteve vibrante até o final da longa e psicodélica trama de Kubrick. Amanha é dia de Hitchcock, com North by Northwest (1959), e domingo de In the Mood for Love (2000), de Wong Kar Wai. As projeções ao ar livre sao gratuitas.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Musica, teatro e humor: o grupo québécois L’Orchestre d’Hommes-orchestres se apresenta em outubro na UsineC, em Montréal

Quem esteve no festival Just For Laughs deste ano deve lembrar dos animados músicos que pintavam e bordavam sobre uma Kombi, encenando números criativos e engraçados no meio da rua. Entre os passantes, não ha quem não tenha simpatizado com o quarteto québécois L’Orchestre d’Hommes-orchestres, seja pela impressionante sintonia do grupo, ou pela originalidade das suas esquetes. No palco (ou melhor, no teto da kombi), os instrumentistas tiravam som de tudo o que se pode imaginar: uma serra, uma bengala, tubos de madeira, cordas, buzinas, canudos, megafones, tamancos e o que mais havia de disponível ali na hora. Em sua “orquestra” figuram mais de 100 instrumentos inventados por eles, com os quais interpretam composições inspiradas no universo de Tom Waits - também envolvendo teatro, humor e pitadas de blues. Ai vai mais uma chance de conhecer este delicioso quarteto: entre 28 e 30 de outubro eles vao estar no espaço de arte contemporânea UsineC, e de 3 a 5 de novembro no mesmo palco acompanhados das afinadas New Cackle Sisters.